Rosenthal à frente da Hebraica

Joel Rechtman - Editor Executivo da TJ

Tribuna Judaica: Você formou uma equipe coesa e experiente. O que esperar desse novo Executivo?
Fernando Rosenthal: A formação do Executivo se deu durante a pandemia e queria que ele refletisse o crescimento da Hebraica. Também houve uma mudança estatutária, que diminuiu o número de vice-presidentes, e permitiu que tivéssemos decisões mais coesas e profundas sobre os assuntos de interesse do clube. Com essa equipe experiente, passamos ter a possibilidade de planejar um pouco mais, para que possamos outorgar para os profissionais as demandas da Hebraica de uma forma mais preparada.

TJ: Você completou cem dias à frente do clube. Quais são os desafios daqui para frente?
FR: Muita gente diz que a pandemia acabou e as coisas estão voltando ao normal. Mas não sabemos qual vai ser esse normal. Estamos agora na fase de aprovação de orçamento, com questões muito complexas do ponto de vista econômico do país, que nos afetam diretamente. Nesses cem dias, tivemos um crescimento exponencial das atividades, como a escola de esportes, a escola maternal, entre outras. O primeiro grande desafio é saber como estaremos daqui para frente. Outro desafio, mais imediato, é agora para o verão. Queremos o clube pronto para acolher as pessoas, que deverão voltar em grande número. Isso envolve a reforma dos móveis de piscina, a melhora da questão da alimentação – complementando o que a gente já tem, com novas alternativas –, entre outras ações, para que o associado realmente aproveite esse período conosco.

TJ: A Hebraica tem criado iniciativas exemplares para outros clubes e instituições. Como tomar decisões em momentos de crise, como o que vivemos?
FR: Durante a gestão do Daniel Bialski, eu trabalhei muito próximo a ele nas decisões. E foram inúmeras as decisões importantes que tivemos que tomar, muitas delas corajosas, pois estávamos vivendo uma situação inédita. Tivemos que fechar o clube por causa da pandemia, reabrimos, tivemos que fechar novamente. Diante disso, tínhamos decisões na parte financeira a tomar. A Hebraica foi um dos únicos clubes que não demitiu pessoas durante a pandemia. Mas temos olhado com muita responsabilidade os gastos, para nos adaptarmos ao orçamento futuro. É importante frisar que temos nos destacado porque a Hebraica tem uma característica forte de união e ouvimos muito os ex-presidentes do clube, mais experientes, que estão sempre disponíveis para nos auxiliar. Sempre nos reunimos para a essa troca de experiências. O Conselho também nos apoia muito e temos uma relação muito saudável com seus membros.

TJ: As eleições do Conselho Deliberativo serão agora em novembro. Qual a importância do trabalho voluntário hoje na Hebraica?
FR: Eu acho o trabalho voluntário de uma maneira geral muito importante. O voluntário se entrega sem esperar nada em troca. Existe uma discussão se devemos ter kavod (reconhecimento) ou não pelo que fazemos de forma voluntária, e acho que não existe uma regra para isso e não tem certo ou errado. A nossa comunidade tem uma tradição do voluntariado e para a Hebraica, é importante que o conselheiro participe do dia a dia do clube, onde ele vai obter conhecimento e poderá ajudar em questões importantes para o nosso desenvolvimento. Também precisamos ter voluntários no Executivo, para colocar em prática nossas ações. Claro que também estamos de portas abertas a todos, mesmo aqueles que não conseguem se voluntariar, para ouvir opiniões que nos auxiliem a melhorar a cada dia. TJ

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