POSITIVO

StandWithUs Brasil, Memorial do Holocausto e Fisesp apoiam projeto

Quatro sobreviventes do Holocausto, representando todos os que vieram para a cidade de São Paulo, tem a oportunidade de agradecer em público a todos os paulistanos por essa calorosa recepção e pela possibilidade de refazerem suas vidas.

Este é o mote da campanha do projeto “Obrigado Paulistanos”, idealizado por Marcio Pitliuk e Luiz Rampazzo, curadores do Memorial do Holocausto de São Paulo e autores de diversos livros e filmes sobre o tema. StandWithUs Brasil, Memorial do Holocausto e Fisesp apoiam o projeto.

Os sobreviventes chegaram em São Paulo sem dinheiro e sozinhos, muitos perderam toda a família na tragédia que aconteceu na Europa. Foram recebidos de braços abertos pelos paulistanos com carinho e respeito. Puderam trabalhar, casaram-se, tiveram filhos e netos, todos paulistanos. Os sobreviventes do Holocausto nunca sofreram em São Paulo as ameaças e as restrições ocorridas na Europa por serem judeus.

Para a realização do projeto, deram seus depoimentos em vídeo os sobreviventes Ala Szerman, George Legmann, Joshua Strul e Marika Gidali, que contam o sofrimento que passaram durante a Segunda Guerra Mundial e como refizeram suas vidas na capital paulistana.

Dessa forma, no dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, e 27, Dia Mundial em Memória às Vítimas do Holocausto, a campanha une recordação, conscientização e tolerância, para que jamais nos esqueçamos o que aconteceu, sem nunca perdermos a esperança de dias melhores.

Memorial às Vítimas do Holocausto abre as suas portas no RJ

Como temos noticiado nas últimas edições, o número de grupos neonazistas tem crescido cada vez mais no Brasil. Por isso, a conscientização sobre o que foi o Holocausto tem se mostrado cada vez mais importante. A inauguração de um Memorial às Vítimas do Holocausto no Rio de Janeiro, nesse mês de dezembro, vem cumprir essa função (confira cobertura completa da inauguração na próxima edição).

O local apresenta aos visitantes relatos, memórias e imagens de vítimas e sobreviventes do maior genocídio da história. Serão contempladas na exposição personalidades como Anne Frank, Sigmund Freud e Primo Levi. O espaço vai proporcionar uma reflexão sobre a importância dos direitos humanos, da democracia, da justiça, da tolerância, da liberdade, do respeito à diversidade e ao pluralismo como valores e princípios éticos fundamentais do ser humano. “O Memorial às Vítimas do Holocausto não é dedicado apenas ao povo judeu, é um espaço de reflexão para todos”, destaca Alberto David Klein, Presidente da Associação Cultural Memorial do Holocausto.

Para abarcar o tema em sua complexidade, a equipe de curadoria do Memorial, composta por Alfredo Tolmasquim, Carlos Reiss e Sofia Débora Levy, contou com a consultoria de especialistas no recorte das populações atingidas. Os patronos são: Banco Safra, Banco Daycoval, Cyrela e Multiplan.

O Memorial do Rio de Janeiro se junta a outros similares ao redor do mundo para que a lembrança dos horrores dessa barbárie nunca caia no esquecimento e, dessa forma, nunca volte a acontecer.

Anne Frank em Holambra, uma semente de tolerância

Como trazemos no Negativo dessa edição, diversas manifestações de cunho nazista – com símbolos, gestos e declarações – tomaram conta do noticiário nos últimos dias no Brasil. Em meio a tudo isso, uma notícia boa, que vai na contramão desses atos de fanatismo.

Foi criado em Holambra, no interior de São Paulo, o Anne Frank Day, que homenageia o diário lançado há 75 anos pela garota judia holandesa, morta no Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. O livro ficou famoso no mundo inteiro como um símbolo contra a intolerância.

O dia foi o primeiro passo para a realização do Festival de Literatura Holandesa, que está previsto para julho de 2023. Dentro da programação, foi realizada uma conversa acerca do tema “Recordar, Refletir, Reagir, Para Não se Repetir”, com José Luiz Goldfarb e Adriano Messias.

Este tema é fundamental no momento em que vivemos, quando parece que a intolerância tem predominado na sociedade.

Que a semente plantada em Holambra reverbere para o restante do Brasil e o mundo, e o respeito e a convivência entre os diferentes voltem a predominar.

Tikun Olam: Einstein oferece bolsas para jovens de Paraisópolis

Um dos preceitos mais importantes do Judaísmo é o Tikun Olam, que poderia ser traduzido como melhorar o mundo. Muito além da Justiça Social (Tzedaká), o Tikun Olam pressupõe uma mudança maior, capaz de fazer a diferença, de forma relevante, na sociedade.

E um novo projeto do Hospital Israelita Albert Einstein na favela de Paraisópolis segue essa linha. Com o objetivo de tornar o conhecimento científico acessível a estudantes da educação básica da rede pública e sensibilizar as novas gerações para a carreira acadêmica-científica, o Einstein passou a oferecer 15 bolsas de iniciação científica júnior para jovens da comunidade local. A iniciativa contempla alunos da Escola Municipal de Educação Fundamental Prof. Paulo Freire – localizada na comunidade de Paraisópolis – que participaram do Projeto “Cientistas do Amanhã”, promovido pelo Programa de Pós-graduação stricto sensu em Ciência da Saúde do Einstein em conjunto com o Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis (PECP, gerido pelo Voluntariado Einstein).

Há tempos o Einstein possui projetos impactantes no local, mas certamente, essa iniciativa terá um impacto posterior difícil de ser mensurado. Nós, o “Povo do Livro”, sabemos que a educação muda vidas, e essas sementes hoje plantadas, certamente darão muitos frutos no futuro dessa comunidade.

Klajner e Natalini: merecidas homenagens na Câmara

Muitas pessoas são homenageadas na Câmara Municipal de São Paulo todos os meses, algumas com justiça, outras nem tanto. No fechamento desta edição, recebemos a notícia de duas homenagens do Legislativo paulistano que foram certeiras.

O primeiro, agraciado com o título de Cidadão Paulistano, foi Gilberto Natalini. Médico formado pela EPM (Escola Paulista de Medicina) e ambientalista, Natalini exerceu cinco mandatos de vereador. Muito amigo da comunidade judaica, sempre defendeu as pautas de interesse do Ishuv. A homenagem foi proposta pelo vereador Daniel Annenberg.

O segundo, que recebeu a Salva de Prata, Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da cidade foi Sidney Klajner. Como presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, ele comandou a entidade em plena crise sanitária causada pela Covid-19, ajudando o município a enfrentar esse desafio. A homenagem foi proposta pelo vereador Arselino Tatto.

Nós, da comunidade judaica, somos orgulhosos do trabalho desses dois médicos e aplaudimos a iniciativa da Câmara. Que os bons sejam sempre lembrados e celebrados, para servirem de exemplo para as novas gerações.

Veja a cobertura completa da homenagens na próxima edição da TJ.

Longa história do antissemitismo é exibida no Canal Curta!

Desde a antiguidade, o antissemitismo persegue o povo judeu em todos os continentes. Ainda no ano 38, o primeiro pogrom antijudaico varreu a cidade de Alexandria, no Egito, sob o domínio romano. Na época, circulavam boatos de que os judeus sacrificavam pagãos em seus templos, entre outras invenções espalhadas por pessoas influentes, o que provocou o primeiro massacre dirigido a um bairro judeu. E até hoje, essa história parece se repetir.

Por isso a importância da série documental “Antissemitismo, 2000 Anos de História”, dirigida por Jonathan Hayoun e exibida em agosto pelo Canal Curta!. São quatro episódios, que tratam desde os primeiros registros de perseguição aos judeus, até os tempos atuais, em que o antissemitismo se mostra cada vez mais presente em diversos países.

O coordenador de Jornalismo do Canal Curta!, Eduardo Fradkin, disse, em declaração à Conib, que o tema é relevante não só pelo aumento de casos de antissemitismo, como também pelo crescimento de células neonazistas no Brasil – 270,6% de janeiro de 2019 a maio de 2021, de acordo com recente pesquisa da antropóloga Adriana Dias.

São fundamentais iniciativas como essa, que rompem a bolha da nossa comunidade para abordar um tema que tanto nos aflige. A arte tem o poder de gerar reflexão e mudar a sociedade, e essa série documental do Curta! está cumprindo com maestria esse papel.

Golaços de Israel em campo, com sorvetes Ben & Jerry´s de comemoração

Na Eurocopa sub-19, a seleção de Israel surpreendeu a todos ao derrotar a favorita França por 2 a 1 e se classificar para a decisão do torneio pela primeira vez na história. Infelizmente, na final, foi derrotada pela Inglaterra, o que não tira o brilho da campanha inédita.

Na mesma semana, outro golaço ocorreu. A marca de sorvete Ben & Jerry´s, que havia deixado de vender seus sorvetes nos assentamentos judaicos na Cisjordânia, por pressão do BDS, movimento que prega o boicote a Israel, voltou à região. A CEO mundial da StandWithUs, Roz Rothstein, recebeu uma carta do CEO da Unilever, Alan Jope, anunciando e detalhando a decisão da multinacional (que comprou a marca de sorvetes em 2000) em manter a venda do sorvete Ben & Jerry’s em todo o território israelense. “A Unilever vendeu suas participações comerciais na Ben & Jerry’s em Israel para Avi Zinger, proprietário da American Quality Products Ltd (AQP), a atual licenciada com sede em Israel. O novo acordo significa que a Ben & Jerry’s será vendida sob seus nomes hebraicos e árabes em Israel e na Cisjordânia sob a propriedade total de seu atual licenciado”, dizia a carta. “Nunca expressamos nenhum apoio ao movimento BDS e não temos intenção de mudar essa posição”, reiterou o presidente da Unilever.

O então ministro israelense das Relações Exteriores e atual primeiro-ministro Yair Lapid resumiu em uma frase o que significou essa vitória israelense e a derrota do BDS: “O antissemitismo não nos derrotará, nem mesmo quando se trata de sorvetes”. Que a população israelense continue desfrutando do bom futebol de sua seleção de base, tomando o saboroso Ben & Jerry´s.

Por um inverno mais quente: começa a Campanha do Agasalho da Fisesp

Todos os anos, quando o frio começa a chegar, a comunidade judaica de São Paulo passa a se mobilizar para arrecadar agasalhos para quem mais precisa se proteger dos efeitos do inverno. Tem início a Campanha do Agasalho, que envolve diversas entidades do Ishuv.

Promovida pela Área de Juventude da Federação Israelita São Paulo e pelo Conselho Juvenil Sionista, a Campanha do Agasalho teve início no dia 12 de junho, com um “Drive Thru da Cidadania” montado na Praça Vilaboim, em Higienópolis.

Os moradores do bairro já esperam esse momento, tradicionalmente, para passar pela Praça e “arremessarem” seus agasalhos nas caixas de coleta.

Posteriormente, toda a arrecadação é encaminhada para a Unibes. São doados agasalhos, cobertores e meias que estejam em bom estado.

Todas as peças serão devidamente higienizadas pela Unibes, de acordo com as normas do Ministério da Saúde. Os itens são então prioritariamente repassados para a população em situação de vulnerabilidade social.

Além do benefício óbvio, de ajudar a quem mais precisa, o fato de a Campanha do Agasalho ser organizada pelos jovens mostra que os valores judaicos e a importância do voluntariado e da Tzedaká estão sendo transmitidos para as novas gerações, que estão aprendendo da melhor forma: colocando a mão na massa e fazendo a diferença.

Nessiá Tová: viagens comunitárias estão de volta ao calendário

Na nossa edição anterior, fizemos uma extensa cobertura da viagem de empresários a Israel. A II BTG Tech Trip, promovida pela Câmara Brasil Israel (BRIL Chamber), em parceria com o Banco BTG Pactual, levou para o Estado Judeu 35 empresários e CEOs brasileiros.

Agora, estamos aguardando a volta dos participantes da Haseifá Baaretz, viagem organizada já há vários anos pela Fisesp, que tem como objetivo atualizar os dirigentes comunitários sobre Israel e promover encontros com autoridades locais. Aguardem nossa reportagem completa na próxima edição.

O Fundo Comunitário, por meio de sua Divisão Feminina, do dia 5 a 13 de julho, realizará uma viagem especial para seu público. Veja detalhes na contracapa. Já o Masa promoveu a Sétima Semana da Diáspora em Israel e a Agência Judaica reporta que um bom número de brasileiros voltou a fazer aliá.

Depois de um intervalo, onde medidas sanitárias impediram as viagens comunitárias, é com muita felicidade que vemos a retomada destas missões que tanto contribuem para o intercâmbio e enriquecimento de nossas comunidades.

Que nosso Ishuv continue a disfrutar e participar destas viagens: Nessiá Tová!

Protestos contra universidades israelenses e o mundo de ponta-cabeça

A Feira das Universidades Israelenses foi realizada na USP (veja matéria nesta edição), com a participação de diversas instituições de ensino do país.

Por conta do evento, grupos anti-Israel e antissemitas decidiram realizar protestos em frente ao local, pedindo boicote ao Estado Judeu. Era um grupo pequeno, que mostrava a bandeira palestina. Só que esta foi erguida de cabeça para baixo, como mostrou André Lajst, diretor do StandWithUs Brasil, que esteve presente para distribuir materiais educativos a respeito de Israel, combatendo a desinformação.

Israel e as universidades que participaram do evento têm muito a oferecer na área científica. Elas são responsáveis, inclusive, por desenvolver algumas das ferramentas que os manifestantes utilizam no dia a dia, como processadores e smartphones de gigantes como Intel, Microsoft, Google e Apple e aplicativos, como o Waze.

Para piorar a situação, esses mesmos “homenageados” pelos manifestantes da USP perpetraram e comemoraram o assassinato de civis indefesos, em Tel Aviv. Um terrorista palestino disparou sua metralhadora contra pessoas que estavam em um bar na rua Dizzengoff, uma das mais movimentadas da cidade israelense.

Assim como a bandeira dos manifestantes, parece que os valores de parte da sociedade também estão de ponta-cabeça, onde se comemora a perda de vidas e se protesta contra instituições que promovem a educação e a democratização do conhecimento e da inovação.

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