André Lajst, guardião da imagem de Israel

Daniel Waismann – Da Redação

No Dia de Jerusalém, 10 de maio, novas agitações elevaram a temperatura do conflito israelo-palestino, dando início ao maior embate, desde 2014, entre as Forças de Defesa de Israel e grupos terroristas baseados na Faixa de Gaza. Assim começou também a força-tarefa da StandWithUs Brasil para, em várias frentes, não apenas informar os brasileiros, mas também oferecer análises que favoreçam a contextualização e o entendimento dos fatos mais recentes.

Organização não governamental, apartidária e sem fins lucrativos, a StandWithUs foi criada, em 2001, em Los Angeles, durante a Segunda Intifada. O DNA da instituição está ligado à busca por contribuir para que a cobertura da imprensa e a opinião pública seja baseada em fatos verídicos do conflito entre israelenses e palestinos, evitando distorções, desfazendo preconceitos e – para usar uma expressão que ainda não havia sido disseminada em 2001 –, combatendo as fake news.

Já com escritórios em diversos países, como Canadá, Inglaterra e Israel, a StandWithUs chegou ao Brasil em 2018 e, desde então, tornou-se uma referência no ensino sobre Israel, entre a comunidade maior e a comunidade judaica brasileira. Desde sua fundação, já foram realizados eventos em 16 estados e no Distrito Federal, em mais de 35 universidades públicas e privadas, como a Universidade de Brasília (UnB); Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal Fluminense de Volta Redonda (RJ), Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/SP). Um trabalho coroado pelo salto de crescimento e audiência experimentado entre 10 e 20 de maio, justamente no período em que mais de 4 mil foguetes foram lançados contra civis israelenses, desde Gaza, e em que o Exército de Israel retaliou a infraestrutura militar desses grupos.

“Vimos na crise e no grande interesse das pessoas pela pauta israelo-palestina uma oportunidade para falar mais da posição difícil de Israel na guerra assimétrica que o país trava especialmente contra o terror, o que ajuda a evitar que preconceitos como o antissionismo – o qual nada mais é do que uma renovada versão do antissemitismo – ganhasse espaço entre os brasileiros. O resultado foi mais que satisfatório, porque percebemos que o público engajou e se informou com o conteúdo produzido por nossa equipe, abordando tanto os fatos do dia, quanto com retrospectivas e análises”, avalia o cientista político André Lajst, diretor executivo da StandWithUS Brasil.

Para se ter ideia, 15 lives e dois webinários dedicados aos ataques e contra-ataques, então em andamento, alcançaram 1.496.687 pessoas. Foram conversas ao vivo, pelo YouTube, com os mais diferentes formadores de opinião, entre os quais o presidente da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Cláudio Lottenberg, a influenciadora digital e guia turística em Israel Aline Szewkies e o deputado estadual Heni Ozi Cukier.

Nomes de peso

Para os seminários on-line realizados, foram também convidados nomes de peso, que falaram diretamente de Israel: Coronel Kobi Regev, oficial da reserva, que foi adido das Forças de Defesa de Israel e representante do Ministério da Defesa na Itália, Suíça, Sérvia e Croácia, foi entrevistado por André Lajst, no evento “A realidade do conflito pela visão de um comandante da Força Aérea Israelense”, promovido pela StandWithUs Brasil, Universidade de Haifa e Beith Halochem, com apoio da Hebraica SP e Iachad. O analista político e palestino residente em Jerusalém, Bassem Eid, também conversou com André Lajst e tratou da questão dos direitos humanos no conflito entre Israel e o Hamas.

O Instagram da StandWithUs Brasil alcançou 18.600 seguidores e o perfil do André Lajst, na mesma plataforma, chegou a 46.500 seguidores, um aumento de 300% e 400% respectivamente, o que é um reconhecimento desses canais como fontes seguras de informação sobre Israel. Inclusive, diferentes grupos judaicos sionistas – Betar, Hebraikeinu, Colônia da CIP –, fizeram postagens espontâneas, nas quais indicavam a StandWithUs Brasil como referência para aqueles que queriam saber mais sobre o que se passava em Israel e em Gaza. Enquanto as Forças de Defesa de Israel deram o nome Operação Guardião das Muralhas à mais recente incursão, pelo ar, contra o Hamas e, com o Iron Dome, em defesa dos cidadãos israelenses na maior parte do país, por aqui, os membros da equipe da StandWithUs Brasil se posicionaram como guardiões da imagem de Israel.

Cento e sessenta posts, no Instagram e no Facebook alcançaram mais de 300 mil pessoas. Fazem parte desse conteúdo 50 vídeos (originalmente produzidos ou traduzidos pela equipe da instituição), contabilizando mais de 560 mil views. “Sabemos que as redes sociais são um terreno fértil para a disseminação de discursos de ódio contra Israel e também contra os judeus. Por isso as consideramos parte central de nossa estratégia educacional nesse período”, explica a diretora de Comunicação e Cultura da StandWithUs Brasil, Sabrina Abreu.

A equipe de comunicação, que já contava com quatro membros fixos – Hanna Rosenbaum, em Jerusalém, Camila Cukierman e Thomas Waisvol, em São Paulo, viu seu tamanho ser multiplicado, a partir da admissão de mais um membro, Bruna Teixeira Moraes. Graças a generosidade de doadores, outros seis profissionais temporários ampliaram os esforços da instituição na área da comunicação, com tradutores, designers e editores de vídeo.

Na grande imprensa

Além disso, especialistas da StandWithUs Brasil, como Lajst, Samuel Feldberg, professor que é parte do Conselho Acadêmico da instituição, e Felipe Camlot, também professor, concederam entrevistas e escreveram artigos para a grande imprensa sobre o tema.

Foram 30 entrevistas para canais de TV, emissoras de rádio, veículos on-line e impressos, alcançando milhões de brasileiros, como Record TV, Rede TV, BandNews, TV Gazeta, Rádio CBN, Rádio Cultura, Isto é Dinheiro, GloboNews, O Globo, Estado de S. Paulo entre outros. Lajst ainda foi entrevistado em seis podcasts, entre programas independentes – como inteligência limitada, com Rogério Vilela, Podcast do IMB, do Instituto Mises Brasil, com Rodrigo Marinho – e outros ligados à grande imprensa, como o Bastidores do Poder, da Rádio Bandeirantes do Rio Grande do Sul, e o R 15min, apresentado pelo renomado jornalista Celso Freitas, dedicado a repercutir notícias do Jornal da Record no formato de áudio.

“A presença de especialistas da StandWithUs Brasil na grande mídia é essencial porque dá um equilíbrio na cobertura sobre o conflito israelo-palestino, além de enriquecer e aprofundar o debate”, afirma Nira B. Worcman, diretora associada da Art Presse, responsável pela a assessoria de imprensa. Além de sugerir pautas e oferecer fontes para os jornalistas, costurou importantes aproximações com setores muitas vezes contrários a Israel, as quais são feitas de modo discreto, com o objetivo de mitigar preconceitos e criar pontes.
Também no WhatsApp, onde há uma rede mais próxima de apoiadores da instituição composta em grande parte por ex-alunos, o crescimento foi perceptível. Às 800 pessoas que já faziam parte de grupos da StandWithUS Brasil nesse aplicativo, somaram-se 810 recém-chegadas. Isso porque três novos grupos foram criados, a partir da demanda de jovens da comunidade judaica interessados em entender melhor os últimos eventos do conflito. Esse trabalho foi encabeçado por Larissa Elimelek, coordenadora de Juventude.
Larissa Elimelek também envolveu-se na criação de eventos para a comunidade judaica, ao lado da coordenadora de Atividades Escolares, Deborah Sutton Chammah, Juntas, as duas também ministraram aulas, em parceria com diferentes instituições. Aulas e palestras também foram ministradas por Lajst e Feldberg, ao lado de professores convidados, dando sequência à programação da StandWithUs voltada para o público acadêmico, carro-chefe da instituição, que continuou em andamento durante os dias de conflito, muitas vezes levando os temas da atualidade para as salas de aula do ensino remoto.

O trabalho com instituições de ensino superior públicas e privadas foi planejado e executado pela dupla, Nina Lobato, assessora de Relações Institucionais da StandWithUs Brasil, e Cléo Assunção, coordenadora do mesmo departamento.

Todos os funcionários da StandWithUs Brasil trabalharam mais de 15 horas diariamente, incluindo no fim de semana e no feriado de Shavuot, para cumprir sua missão de ensinar sobre Israel, acreditando que “a educação é o caminho para a paz”, slogan da instituição.

Todos os departamentos assumiram nova configuração, de forma ágil e interligada, para servir melhor ao propósito de minimizar danos e de alcançar mais pessoas, ao longo da escalada do conflito. Bom exemplo desse reposicionamento em momento de urgência é a assistente administrativa Renata Casoy, que se dividiu entre os departamentos de Educação e de Comunicação, naqueles 10 dias.

“Somos uma instituição marcada pela grande diversidade; entre nossos funcionários e nosso público, há judeus e não judeus, de vários espectros políticos e religiosos, mas tendo em comum uma característica inegociável: o sionismo. Para nossa equipe e instituição, os dias de trabalho durante a Operação Guardião das Muralhas foram de muito entrosamento e crescimento. Mesmo após o cessar-fogo, seguimos educando brasileiros, construindo pontes, com estudantes e professores do Ensino Médio e das universidades, jornalistas, formadores de opinião, membros da comunidade judaica e da comunidade maior “, conclui André Lajst.

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