Fundo Comunitário, o alicerce de várias entidades

Joel Rechtman – Editor Executivo da TJ

Tribuna Judaica: Como está sendo esta nova missão na presidência do Fundo Comunitário?
Abrão Lowenthal: Há quatro anos, recebi um convite inesperado e surpreendente do Fundo através do meu querido amigo, Claudio Bobrow, para assumir a direção da entidade. Um grande desafio, principalmente porque sempre fui contribuinte, porém nunca havia me envolvido diretamente com o Fundo. É uma entidade septuagenária, cuja existência entre nós antecede a fundação do Estado de Israel, e isso é fascinante e muito estimulante. A proposta de trabalho do Fundo não só estabelece o fortalecimento dos vínculos existentes entre Brasil e Israel, como também, cumpre um papel social de alta relevância, participando e expandindo programas que vão desde a área educacional, assistencial através do amparo dos sobreviventes do Holocausto, atendimento das carências sociais da periferia, e um trabalho intenso de fomento à aliá e à absorção. Toda esta atividade é extremamente desafiadora e houve uma grande identificação da minha parte para desempenhar o papel da condução do nosso Fundo Comunitário.

TJ: Qual o papel do Keren Hayesod em relação ao aumento da demanda da aliá?
AL: De fato, o interesse pela aliá tem aumentado significativamente no Brasil e o Fundo Comunitário tem um papel de alta relevância, pois, viabiliza a aproximação daqueles que querem fazer aliá ao Estado de Israel, tornando possível a concretização do sonho dos que querem imigrar. Além disso, existe a enorme tarefa de absorção e da criação de condições de adaptabilidade dos novos olim, o que passa também pela atuação do Keren Hayesod.

TJ: Educação é uma área onde a sua instituição sempre teve bastante participação. Como tem sido o incentivo ao Chinuch?
AL: Não há continuidade “hemchech” sem a educação. Ela é fundamental para o presente e para o futuro. Um dos maiores objetivos do Fundo Comunitário é aquele voltado à área educacional. Nossos programas locais focam em estimular e apoiar cada vez mais a educação judaica, bem como apoiarmos decisivamente os programas de modernização educacional e da utilização da tecnologia na educação em Israel. Principalmente, provendo a periferia com recursos necessários para a educação, contribuindo desta forma na inclusão social.

TJ: O Fundo Comunitário é o alicerce de várias entidades judaicas, apoiando diversas ações essenciais. Como priorizar neste momento de crise?
AL: De fato, nosso objetivo é atender os anseios de nossa comunidade, e nestes momentos de crise se faz necessário uma ação mais presente. O nosso apoio a entidades maiores da comunidade, tais como a Confederação, a Federação, entidades assistenciais, o Fundo de Bolsas é sistemático. E, neste momento de crise, temos desenvolvido campanhas pontuais que visam atender às necessidades prementes das diversas instituições sociais, para minimizar o sofrimento e a carência de recursos.

TJ: O papel do voluntariado comunitário é de extrema importância, em especial neste momento. Qual o recado que o senhor daria para seus ativistas?
AL: O nosso trabalho no Fundo Comunitário é um trabalho do voluntariado que se completa com a parte profissional. Todavia, o voluntário na área social é fundamental e se faz cada dia mais presente. Nossa comunidade é generosa, somos solidários e extremamente sensíveis aos problemas sociais. A necessidade de aumentar os nossos ativistas é muito grande. “Somos muitos, mas temos que ser muito mais”. Infelizmente os problemas na área social tem aumentado de uma forma exponencial. É preciso que sejamos cada dia mais solidários, é preciso que aumentemos o número de nossos voluntários e que estes dediquem parte do seu tempo para diminuir o sofrimento e a necessidade dos próximos.

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