Beit Halochem: uma semana intensa azul e branca

Ana Iosif - Especial para a TJ

Existem quatro celebrações que completam o calendário judaico e que foram inseridas com o estabelecimento do Estado de Israel em 1948.

São as chamadas Datas Nacionais.

Yom Hashoá, em memória aos mártires e heróis do Holocausto; Yom Hazikaron, que honra os caídos na defesa de Israel; Yom Haatzmaut, celebrando a independência em 14 de maio de 1948; e Yom Yerushalaim, marcando a reunificação de Jerusalém durante Guerra dos Seis Dias em 1967.

São datas de grande significado. A dor da perda e a alegria da liberdade, sentimentos que marcham juntos na história milenar do povo judeu.

Nestes marcos, Beit Halochem recebeu a visita de pessoas que representam o sacrifício destas conquistas: o Coronel da Reserva e diretor do Beit Halochem em Israel, Moshe Shema, e os soldados feridos do Tzahal, Reuven Maganagey e Tal Singer.

As heroicas histórias de cada um chegaram a múltiplas plateias da nossa comunidade. Alunos das escolas judaica, profissionais em cargos de liderança, jovens e diversos públicos que se sensibilizaram com a causa do Beit Halochem.

Compartilhamos um Yom Hazikaron comovente na Hebraica.

Somos uma única família ligada pelo profundo sentimento de pertinência a uma nação, povo, pátria, história, religião, tradições, valores, preceitos e uma terra que nos fora prometida.

Mas junto, vem nossa responsabilidade. Cuidar daqueles que arriscaram suas vidas e voltaram despedaçados, precisando se reabilitar física e psiquicamente.

Os centros de Beit Halochem (casa do combatente) em Israel, que cuidam da recuperação de 58 mil feridos de guerra e vítimas do terrorismo, são responsáveis por esta tarefa. Porque a batalha para eles ainda não acabou. E nesta guerra pela reconstrução das suas vidas, todos podem ajudar.

Programação intensa

Durante esses dias, realizamos diversos eventos com a comunidade judaica de São Paulo. Houve o evento para jovens, em parceria com Taglit, no Restaurante Filó. Também foi realizado um encontro com profissionais da comunidade, onde o Coronel Moshe falou de segurança em Israel e os soldados deram seu depoimento. A visita dos chaialim Reuven e Tal e o bate-papo com os alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Escola Beit Yaacov também foi muito produtivo. Agradecemos à diretora Esther S. Dayan, à Coordenadora de Hebraico Simone Assayag e à Morá Inna.

Denise e Avi Gelberg receberam em sua casa a diretoria do Beit Halochem no Shabat, junto aos representantes da Universidade de Haifa. E em evento aberto aos sócios da Hebraica, no Teatro Annne Frank, o Coronel Moshe Shema e diretor do Beit Halochem Israel falaram sobre o tema “fortalezas e fragilidades de Israel nas aéreas de defesa e segurança”. Os Chaialim (soldados) feridos emocionaram o público com suas histórias de vida.

O casal Gabriela e David Bobrow receberam mais de 80 pessoas na sua residência. Foi uma noite de conteúdo, confraternização, emoção e identificação com a causa do Beit Halochem. O Chazan Avi Burztein fechou a noite e contagiou o público ao cantar o Hatikva.

Também foi realizado um almoço de trabalho da diretoria de Beit Halochem e a visita ao Museu Judaico de SP. Participando da comovente cerimônia de Yom Hazikaron na Hebraica, o Coronel da reserva Moshe Shema foi convidado a içar a bandeira de Israel junto ao cônsul geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich. Gaby Milevsky recitou o Izkor e Reuven Magnagey lembrou os nomes dos 13 sodados caídos da sua unidade em 2002. Fernando Rosenthal, presidente da Hebraica, esteve presente ao evento e se emocionou com a cerimônia. Isabel e Daniel Cohn receberam na sua casa para despedida das ilustres visitas e, em um momento descontraído, os soldados Reuven e Tal foram convidados por Fernando Rosenthal e Avi Gelberg para assistir um jogo do Corinthians em Itaquera.

Soldados feridos encontram no Beit Halochem o caminho para uma vida digna

Reuven Magnagey: Ficou ferido ao participar em uma ação em Jenin como resposta de Israel ao lançamento de mísseis e o atentado a um hotel em Natanya no Seder de Pessach de 2002.

Reuven foi o único sobrevivente da sua unidade. Seus 13 companheiros morreram. Ele começo a frequentar Beit Halochem e achou no remo seu caminho para reabilitação.

Representou Israel nas paralimpíadas de Londres 2012, Rio de janeiro 2016 e Beijing 2022.

Atualmente faz parte da equipe técnica de Remo paralímpico de Israel.

Tal Singer: Antes de se alistar, era jogador de futebol juvenil profissional do time Betar Petach Tikvah. Insistiu e se alistou em uma unidade de reconhecimento de infantaria.

Durante a operação Tzuk Eitan (Oroetctive Edge) em 2014, sofreu um trauma nas panturrilhas.

Mesmo assim, não dessistiu e continuou no exército. A lesão se agravou. Tem dificuldade para andar e sofre ainda grandes dores.

Encontrou no basquete de rodas em Beit Halochem Tel Aviv um caminho para voltar ao esporte e superar a lesão.

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