Avi Gelberg fala sobre os Amigos da Universidade de Haifa no Brasil

Joel Rechtman - Editor Executivo da TJ

A Universidade de Haifa tem associações de amigos nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Inglaterra, França, Taiwan, Israel e agora também no México e no Brasil e em breve também na Argentina. Possui uma das exposições mais impressionantes das descobertas em escavações marítimas e terrestres em Israel e na região, além de ser importante para a formação de comandantes do Exército israelense.

O estabelecimento dos Amigos da Universidade de Haifa no Brasil é importante para oferecer encontros e conteúdos originais, inovadores e únicos, além de ajudar essa entidade importante no cenário de Israel. Com essa parceria, também é realizado o recrutamento de estudantes (judeus e não judeus) para estudar na Universidade.

Avi Gelberg, presidente dos Amigos da Universidade de Haifa no Brasil, contou com exclusivida à Tribuna Judaica sobre esse intercâmbio.

Tribuna Judaica: Como surgiu o convite para presidir a Universidade de Haifa, que está prestes a completar 50 anos?
Avi Gelberg: Eu nasci em Haifa e, portanto, tenho uma ligação forte com aquela cidade. Há algum tempo, fiz um trabalho com Universidade e trouxe três especialistas de lá, na área de educação, para fazer um trabalho com as escolas judaicas daqui. Eles fizeram um estudo profundo sobre nossas instituições. Assim começou meu relacionamento com a Universidade. Depois fui para Israel, conheci suas instalações e me encantei. Recentemente, Adrian Teper, que faz parte do Beit Halochem, onde eu também atuo, começou a trabalhar para a Universidade, me chamaram para trabalhar na sua representação no Brasil.

TJ: A instituição tem no seu currículo ex-alunos do nível de Meir Dagan, ex-diretor do Mossad e Benny Gantz, que lidera hoje com Bibi Netanyahu o governo de Israel. Por que estudar na Universidade de Haifa?
AG: Hoje Technion e Universidade de Haifa são as únicas mais ao norte do país. Como você disse, formou pessoas do porte de Meir Dagan e Benny Gantz, entre outras personalidades relevantes. Ela tem uma importância muito grande para a segurança pública e o desenvolvimento de métodos de segurança e militares. Ela abriga as faculdades para assuntos militares e sistemas de segurança do exército israelense, onde são treinados todos os futuros comandantes do IDF e outros sistemas de segurança.

Com 18 mil alunos por ano, a Universidade de Haifa é a mais pluralista de Israel, com alunos de todo o mundo, religiões e gêneros. Também possui um lado totalmente voltado aos negócios, onde se busca levantar investimentos de órgãos institucionais, fundos e investidores para a Carmel Investment Company, cujo papel é criar saídas lucrativas para startups, operando na universidade e usando seus recursos, como laboratórios, pesquisadores e conhecimento.

A Universidade oferece bolsas de estudo para populações carentes no norte do país, trazendo alunos da comunidade ultra-ortodoxa à tecnologia e estudos acadêmicos, pesquisa marinha e muito mais.

TJ: Neste momento de pandemia , quais são as possibilidades de intercâmbio com as autoridades e universidades brasileiras?
AG: Durante a pandemia, a Universidade continuou funcionando online e, posteriormente, com presença física, mas deu uma parada devido ao novo lockdown e pelos chaguim, com retomada no início do ano que vem. A ideia é, quando isso passar, levarmos grupos de estudo de universidades brasileiras para lá, para fazer um intercâmbio, além de estudantes individuais. Em novembro será realizada uma feira das universidades. Além disso, estamos mantendo encontros online com os alunos.

TJ: Quais são os planos de sua gestão?
AG: Primeiro, queremos levar para o conhecimento do público, judeu e não judeu, a Universidade, seus feitos e pesquisas. Também trabalharemos para levar investimento para a Universidade, com empresas e investidores.  Procuraremos levantar fundos para pesquisas e o fortalecimento das áreas científica e militar da instituição. Além disso, pretendemos promover a cooperação entre os amigos de diversas universidades que já atuam por aqui, como a Universidade de Tel Aviv e Jerusalém, o Technion, o Instituto Weizmann. Trabalhando juntos, fortalecemos cada uma das entidades. É um projeto fundamental para o desenvolvimento da sociedade israelense, pois das universidades saem todas as cabeças que se espalham pelo mundo para trazer novidades para a evolução da humanidade.

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