Instituto Weizmann de Ciências, o futuro não fica nas fronteiras

Da Redação

O Instituto Weizmann de Ciências, localizado na cidade de Rehovot, Israel, está no top 10 das instituições líderes no mundo em pesquisa básica e excelência científica. Classificado em segundo lugar em qualidade de pesquisas pela revista Nature, é dedicado a promover os principais caminhos de investigação em uma variedade de campos, buscando através da geração de novos conhecimentos formas de combater doenças, melhorar nossa qualidade de vida, criar novas tecnologias e proteger o meio ambiente. O Instituto forma uma parte substancial da liderança científica de Israel, promove a educação básica através de parcerias com a rede escolar e ainda oferece conhecimento científico ao público geral através de palestras e debates abertos.

Fundado em 1934 por Chaim Weizmann como o Instituto de Pesquisas Daniel Sieff, em memória ao filho de um casal de doadores ingleses, e renomeado em 1949 em homenagem ao Dr. Weizmann, químico de renome, sionista ardoroso e primeiro presidente do Estado de Israel, o Instituto tem como pilares a excelência de seus cientistas, a liberdade de pesquisa e a multidisciplinariedade. A cultura de colaborações e ousadia, aliada a uma sólida estabilidade financeira e administrativa, através da sua empresa de transferência tecnológica (Yeda – fundada em 1959, a primeira empresa de transferência tecnológica em Israel e uma das primeiras do mundo), resultaram numa imensa variedade de tecnologias que tornam o mundo um lugar melhor, mais seguro e saudável.

Os pesquisadores do Instituto Weizmann são responsáveis por terem inventado a amniocentese, remédios para esclerose múltipla, nano-materiais e o algoritmo que tornam nossas operações bancárias seguras atualmente. Pioneiros na ciência da computação, foi a primeira instituição acadêmica em Israel a ensinar a disciplina. Em 1954 projetou e construiu o primeiro computador de Israel, o WEIZAC, o que lançou as bases para a indústria de software em Israel. O mesmo espírito pioneiro gerou a construção do primeiro acelerador de partículas, um dos ícones do Instituto.

O Instituto Weizmann de Ciências foi o primeiro a realizar pesquisas sobre câncer em Israel e já deu inúmeros frutos no diagnóstico e tratamento em diversos tipos de tumor apoiado, mais recentemente, pelo Banco de Tumores Weizmann-Brasil. As pesquisas em neurociências, que terão logo um impulso com o futuro Instituto do Cérebro e Neurociências, são berço de conhecimento e soluções para doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson, assim como para condições como autismo, depressão e ansiedade.

Sensores e vacinas

Dos laboratórios emergiram medicamentos de enorme sucesso, métodos diagnósticos sofisticados, sensores minúsculos e vacinas, como a da hepatite B. Ao decifrar a estrutura do ribossomo a Prêmio Nobel Profª. Ada Yonath revelou mecanismos de resistência a antibióticos, abrindo caminho para o design de novos medicamentos. Mais avanços virão do novo projeto Fronteiras do Universo, que abrange exploração espacial e astrofísica, e dos sessenta grupos de pesquisa que desde o início da pandemia atenderam ao chamado de redirecionar seu trabalho para o coronavírus.

Mas o futuro não fica nas fronteiras. Hoje há mais de 500 cientistas e estudantes do mundo todo morando no campus. A educação da próxima geração de cientistas e as colaborações internacionais estão no centro de tudo. A futura residência Internacional que abrigará ainda mais estudantes e pós-doutorandos do mundo todo propiciará ainda mais a interação e o compartilhamento de ideias, que são marcas da cultura Weizmann – e aguardam-se cada vez mais brasileiros.

A interface com o Brasil é impulsionada há longa data pela Associação de Amigos do Weizmann do Brasil, fundada em 1988. Hoje, com a coordenação científica a cargo da Profa. Regina P. Markus e presidida por Mario Fleck, suas atividades visam apoiar o Instituto na sua excelência e intercâmbio com o Brasil. “O Grupo de Amigos ao longo dos anos apoiou inúmeros projetos, de energias renováveis ao câncer, de neurociências a física, além de bolsas de estudo a centenas de estudantes e mais recentemente bolsas para pós doutorandos! A ciência de ponta não tem fronteiras, o intercâmbio de estudantes e pesquisadores é uma das ferramentas mais efetivas para a produção de uma ciência de sucesso e desenvolvimento da pesquisa realizada no Weizmann e no Brasil”, afirmou Mario Fleck

A ciência nunca esteve tão em evidência, assim como o entendimento de que o futuro da sociedade depende da nutrição de seu maior patrimônio, a capacidade intelectual, para continuarmos a avançar rumo a uma vida melhor e mais longa. O capital humano é o recurso singular que Chaim Weizmann, ao fundar o Instituto – com convicção apaixonada – visionou para ser a espinha dorsal para a economia e o sucesso do país. O slogan do Instituto resume em poucas palavras: “Ciência para benefício da Humanidade”.

FATOS E CURIOSIDADES

• Em 2020, a venda de produtos, tecnologias e medicamentos baseados em patentes do Weizmann representou mais de US 36,5 bilhões de dólares
• 286 grupos de pesquisa
• 90 centros e institutos
• 5 faculdades
• O campus fica a 27km de Tel Aviv de tem uma área de 1,1 km2
• 261 prédios no campus

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