Programa Unibes Universitário vai muito além das bolsas

Da Redação

Tribuna Judaica: Como surgiu o Programa Unibes Universitário?
Gabriel Zitune: O Programa Unibes Universitário foi idealizado e colocado em prática pela minha equipe, com apoio dos patrocinadores. O programa surgiu em 2004 com a necessidade em ajudar jovens, irmãos de crianças que já eram atendidas pelo antigo Ieladim, cujas famílias tinham sérias dificuldades financeiras e que não conseguiam proporcionar educação básica aos seus filhos, dentre outras carências. Além disso, estavam afastadas da comunidade e da cultura judaica.

TJ: O projeto dá bolsas a esses jovens?
GZ: O trabalho realizado pelo Programa Unibes Universitário vai muito além da captação de recursos para contemplação de bolsas, posto que fazemos um acompanhamento pedagógico e oferecemos um elenco de atividades compostas por palestras e dinâmicas aos jovens, orientação de complementação de estudos por meio de cursos livres (extensão) para aprofundamento de alguns conteúdos ou aperfeiçoamento, antes mesmo da conclusão do curso superior. Além disso, proporciona semanalmente, aos domingos, um programa de aulas versadas, tanto em assuntos relacionados ao judaísmo e questões do Oriente Médio e Israel, quanto conteúdos exigidos no mercado de trabalho, de maneira a mantê-los atualizados. O preparo dos jovens começa muito antes da mensalidade. O jovem recebe orientação sobre a carreira e a vocação/tendência de cursos de mesmo nome e formação, com variações em seu perfil profissiográfico, de acordo com a instituição de ensino superior. Neste contexto, a assistência visa ao médio e longo prazo a formação do jovem, não se restringindo ao curso de Graduação, pois começou a oferecer uma série de serviços que, conjugados, podem evitar a ineficiência do investimento e propiciar um ganho a eles.

TJ: Como você vislumbra o futuro do projeto?
GZ: Atualmente, contamos com 25 doadores e um orçamento anual de R$ 2.400.000,00. Diante de todo o cenário apresentado e em face da escassez de recursos destas famílias, de oportunidades em ingressar em instituições de educação superior públicas e para que se possa criar possibilidades efetivas de transformação social, e de envolvimento, valorização e perpetuação da cultura e dos costumes, é salutar que se dê continuidade aos investimentos do Programa Unibes Universitário, a fim de contribuir com a base da formação profissional e religiosa, e, por conseguinte, fortalecer a comunidade judaica. Agradecemos todo o apoio até agora recebido ao longo destes 18 anos.

Confira o depoimento de alguns atendidos:

“Ao pensar em retribuição, que é um sentimento muito bonito, deixo aqui neste relato um compromisso estabelecido de poder retribuir da forma como eu puder e que a Instituição Unibes achar coerente toda ajuda que me foi dada, pois é graças ao auxílio que me proporcionaram, desde o início da faculdade, que pude escrever um depoimento de minha trajetória e que estou prestes a alcançar o meu sonho. Ações voluntárias e poder também fazer por outro jovem o que fizeram por mim, uma oportunidade, me vem ao pensamento o quanto o assunto retribuição é importante para retroalimentar o programa” – H.C.S.

“Foi no Ensino Médio que se tornou mais clara a vocação para o mundo jurídico. De meu interesse inicial por Geopolítica, pude descobrir a diplomacia por meio dos modelos de simulação. Participei do Monuem, Modelo de Organização das Nações Unidas do Ensino Médio no Colégio Bandeirantes, representando a delegação da Inglaterra. Ainda nas simulações participei do Fórum FAAP, modelo de simulação da ONU da Faculdade de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado, representando o Colégio Bandeirantes por dois anos consecutivos, recebendo inclusive menção honrosa ao final da simulação. Destaco minha experiência no Grupo de Diálogo Universidade Cárcere Comunidade (GDUCC), grupo de extensão da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), que através de encontros teóricos e visitas ao cárcere almeja uma janela de socialização a ser levada para o sistema penitenciário e um espaço de construção coletiva em um momento de diálogo entre presos e participantes do grupo. Toda experiência no programa é singular, pela oportunidade que nos é dada e pelo exemplo de ajuda ao próximo” – G.G.L.

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