Perspectivas da aliá no Brasil

Joel Rechtman - Editor Executivo da TJ

Ronen Weiss nasceu e foi criado em Ashkelon e aos 18 anos ingressou no IDF, onde serviu por quatro anos. Entrou no mundo da educação judaica e israelense aos 25 anos, quando ingressou na Agência Judaica para Israel e serviu como o primeiro bolsista do programa Hillel em Davis e Sacramento, na Califórnia. Nos últimos 16 anos, tem trabalhado para a Agência Judaica em diferentes cargos, tanto em Israel quanto nos Estados Unidos. Antes de sua posição atual, atuou como diretor regional da Agência Judaica para o sudeste dos EUA e diretor dos emissários da Agência Judaica para o programa Hillel na América do Norte. Ronen é casado com Michal e tem três filhos e em sua visita ao Brasil, concedeu esta entrevista à Tribuna Judaica.

Tribuna Judaica: Qual é o objetivo de sua visita ao Brasil?
Ronen Weiss: A Agência Judaica é uma organização global e opera em conjunto com organizações locais nas comunidades judaicas de 66 países ao redor do mundo. Evidentemente cada comunidade em cada país tem suas necessidades, sua cultura, seus desafios, e nosso objetivo é perceber como podemos colaborar, engajar e trabalhar junto a essas comunidades. Seja em educação judaica sionista formal e não formal, liderança comunitária ou aliá, tudo que pudermos fazer para ajudar a comunidade no reforço da identidade judaica e na conexão com Israel, nós faremos. Nosso objetivo aqui no Brasil, um país continental com comunidades judaicas muito diversificadas, é conhecer e manter a conexão com cada uma delas.

TJ: Em relação a aliá brasileira, qual a meta da Agência Judaica para Israel?
RW: Em relação aos números, a média de olim do Brasil tem variado entre 400 e 500 ao ano. A nossa meta é ver como podemos fazer o processo de aliá para o potencial olê o mais simples possível. No próximo ano, pretendemos digitalizar todo o processo para ser mais conveniente para o candidato, para que ele lide o menos possível com a burocracia israelense e passe a ter um processo muito específico e fácil de lidar. Nós sabemos que uma das áreas mais importantes quando se trata de aliá é a empregabilidade, e nesse sentido queremos identificar as necessidades de grupos específicos e de determinadas profissões – médicos, enfermeiras, professores, etc. – e oferecer preparação profissional para o mercado de trabalho israelense ainda em seus países de origem. Outras questões são moradia, ensino da língua, educação dos filhos, diferenças culturais, sistema de saúde, e tentamos sempre trazer profissionais especializados para explicarem e trabalharem estas diferenças com os futuros olim, tornando assim a mudança um pouco mais amena.

TJ: Qual o perfil do olê hoje em dia?
RW: É importante frisar que não fazemos distinção em relação à idade ou outra característica do candidato. O que fazemos é identificar os planos e programas que podemos oferecer ao candidato, de acordo com sua situação familiar e suas expectativas. Todos os perfis são bem-vindos, queremos dar oportunidade a todos de começar uma vida em Israel.

TJ: Há alguma vantagem especial para quem quer estudar em Israel?
RW: Para quem é elegível para aliá pela Lei do Retorno e quiser estudar em Israel, as portas estão abertas e há opções de estudos gratuitos desde o ensino médio (Naale) até o mestrado, passando por dezenas cursos sazonais ou programas de média duração (Masa), desde que sejam aprovados nas instituições desejadas. Cada fase possui suas exigências. O aprendizado da língua hebraica é importante, mas existem também algumas faculdades que oferecem parte dos cursos em inglês. Para o Ensino Superior, há uma instituição dentro do Ministério da Absorção de Israel dedicada a auxiliar os estudantes olim, inclusive em relação aos alojamentos. TJ

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