O Tempo foi o tema do Festival Carmel, que mais uma vez emocionou o público na Hebraica. Dentro desse tema, a transmissão de valores de uma geração a outra foi o ponto chave das apresentações. A história de Israel, a mudança do desejo das pessoas ao longo do tempo e a falta de tempo para o que realmente importa nos dias de hoje também pautaram as coreografias das harkadot, que abrilhantaram o palco montado no Centro Cívico, especialmente para o festival. “Voltamos a ter a grandiosidade do festival, com uma decoração especial em todos os espaços, além de workshops, atividades para crianças, karaokê, entre muitas outras atividades”, ressaltou Nathalia Leiderman Benadiba, diretora artística do Carmel.
A escolha do tema também teve relação com o período parado na pandemia. Foram dois anos quase sem festival – em 2020 foi realizada uma edição híbrida, transmitida on-line e sem público e em 2021 foi realizado o Carmel Pocket, com dançarinos de São Paulo –, o que gerou muitas reflexões acerca do tempo. “Ficamos muito felizes com o trabalho dos voluntários, dos profissionais, do trabalho de equipe e do que a Hebraica entregou nesse Festival, fechamos o ano com chave de ouro”, afirmou Fernando Rosenthal, presidente da Hebraica.
Volta à normalidade
Com a volta à normalidade, o Carmel pôde retornar ao seu lugar de grandiosidade dentro da agenda cultural da cidade. “O Festival Carmel reedita ano a ano a maior manifestação artística de dança folclórica israelense na diáspora, fortalecendo o vínculo dos jovens e das famílias com a tradição e a identidade judaica que tanto nos orgulham”, afirmou Gaby Milevsky, CEO da Hebraica e diretor-geral do evento.
Uma novidade desse ano foi a criação da Vila Carmel, montada nas quadras externas, que incorporou o já tradicional Shuk Carmel, acrescentado de comidas e brinquedos infláveis para as crianças.
Nesta edição, o Carmel voltou a receber dançarinos de outras cidades do país, como Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. No primeiro dia, foi realizado um Cabalat Shabat, que reuniu todos os inscritos e sócios do clube, em uma grande confraternização, seguido pelo show Iachad, que significa juntos, no Centro Cívico. Nada mais simbólico para esse grande retorno. TJ