O novo cônsul-geral de Israel em São Paulo


Alon Lavi chega para assumir o cargo e concedeu esta entrevista exclusiva à Tribuna Judaica

Recém-chegado ao Brasil, Alon Lavi acaba de assumir o posto de cônsul-geral de Israel em São Paulo. Com vasta experiência em missões na América Latina e em uma grande metrópole, como Nova York, ele terá a missão de colocar um dos maiores centros judaicos do continente novamente no mapa da política israelense. Com 39 anos, casado com Reina e pai de três filhos, Lavi recebeu nosso editor executivo Joel Rechtman para uma entrevista exclusiva.

 

Tribuna Judaica: Conte um pouco sobre sua trajetória no Ministério de Relações Exteriores de Israel?

Alon Lavi: Comecei há 10 anos no Ministério, trabalhei em treinamento e na área da América Latina e por três anos como primeiro secretário na Embaixada em Brasília, responsável pela diplomacia pública. Nesta época, aprendi muito, servi como porta-voz da Embaixada, na época do governo de Dilma Rousseff. Minha filha nasceu em Brasília. Depois voltei ao Ministério em Israel, trabalhei como vice-porta-voz, lidando com a imprensa israelense e a internacional. Saí para o México, onde servi como vice-embaixador por três anos, na área política. Também servi como sheliach da sochnut em Nova York. Agora estou tendo esta grande oportunidade de voltar ao Brasil como cônsul-geral em São Paulo.

 

TJ: Como foi a decisão de servir no Brasil?

AL: Gosto muito daqui. Esta oportunidade de ser chefe de uma missão é uma grande oportunidade. Decidi com minha esposa voltar e estamos felizes com essa decisão.

 

TJ: São Paulo é uma das principais capitais judaicas da América Latina. O que o senhor espera da relação com a comunidade judaica local?

AL: Tenho grande experiência com a comunidade judaica nas Américas, e creio que o trabalho do consulado e da embaixada, em conjunto com a comunidade, pode gerar a todos mais sucesso. Embora a diplomacia e a comunidade tenham objetivos diferentes, possuímos muitos interesses em comum. Tivemos sucesso no México, por exemplo, ao identificarmos estes interesses mútuos e construirmos a colaboração.

 

TJ: Diversas decisões do Ministério de Relações Exteriores de Israel deixaram São Paulo de fora do mapa nos últimos anos. Como mudar isso?

AL: Neste ponto é que o consulado, junto com a comunidade, pode mudar esta percepção. A comunidade judaica de São Paulo é bem forte, grande e muito importante. De um lado, o consulado é o representante oficial que mostra para os ministérios em Israel a importância da comunidade local, e do outro lado, com os contatos que muito líderes aqui tem com Israel, podemos mudar esta realidade e colocar São Paulo mais no centro da atenção israelense.

 

TJ: Envie uma mensagem Rosh Hashaná para comunidade judaica.

AL: Os dias de Rosh Hashaná e Yom Kipur são a época correta para pensar o que fizemos e o que podemos melhorar para o futuro; além de pensar algo novo que pode dar certo. Para mim, é uma alegria chegar um pouco antes das Grandes Festas, para que tenhamos um ano novo entre o consulado e comunidade local muito próximo. Quero desejar a todos os leitores da TJ um ano doce, com muito sucesso e alegria.

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