“Educar os jovens através do esporte é a nossa missão”

Da Redação

Tribuna Judaica: Conte-nos sobre a sua trajetória na comunidade e na CBM.
Flavio Kelner: Desde crianças, tivemos o exemplo do trabalho comunitário na minha família. Em nossos jantares, em casa, ouvíamos meus pais contando as histórias e os desafios do trabalho voluntário. Quando nos tornamos adultos, cada um dos filhos foi buscar seu caminho dentro do trabalho voluntário pelo crescimento da comunidade judaica do Rio de Janeiro. Fui eleito presidente do Diretório de Pais do Colégio A. Liessin por três anos e fiz parte desse Diretório por mais de dez anos. Buscando novos desafios e aproveitando minha predileção pelo esporte e pelo espirito Macabeu, me aproximei da Macabi Rio com um grupo de amigos trabalhando na Diretoria e na sequência me tornei presidente. Acredito que o exemplo que vi nos meus pais e meus irmãos tento replicar com meus filhos e esposa e atualmente conversamos muito sobre os desafios da nossa comunidade.

TJ: Como foram as suas participações na Macabíadas?
FK: Sempre gostei muito de esporte. Incentivado pelos meus pais, nadei dos 8 aos 18 anos de forma intensa, participando ainda jovem dos Jogos Pan-americanos Macabeus no México, em 1979, e das Macabíadas Mundiais em Israel, em 1981. Através das Macabíadas, conheci Israel pela primeira vez. Mais velho, voltei a nadar em Macabiadas, tendo participado do Chile 2015, Israel 2017 e México 2019. Nessas tive o prazer de levar minha esposa e filhos e me emocionar no desfile de abertura, como há 40 anos. A experiência de competir nos jogos, onde meu filho também estava participando no time de futebol de campo sub-16 e Sub-18, ficarão gravados em minha memória para sempre. Consegui realizar um sonho de levar toda a família para Israel nos jogos de 2017, onde meus dois irmãos estão morando atualmente. Também tive o prazer de nadar com meu irmão mais novo nesses jogos. Imagino que nossos pais nesse momento estavam em êxtase, pois foi o que semearam e perseguiram para o futuro da nossa família.

TJ: Qual é a contribuição do Rio de Janeiro para estes importantes eventos?
FK: Ao longo dos anos, formamos a Família Macabi e em parceria com os clubes e escolas judaicas aglutinamos todos para os nossos eventos e os eventos da CBM. Temos histórias bacanas de atletas que começaram conosco nos jogos infantis com nove ou dez anos de idade e se tornaram atletas de renome. O caso mais emblemático é o do atual goleiro do Macabi Tel Aviv, Daniel Tenenbaum. Sua mãe faz parte da nossa diretoria, ainda participa dos Jogos Macabeus e seu filho começou nos primeiros campeonatos de futebol infantil macabeus. Uma trajetória bacana que nos enche de orgulho. Sionismo através do esporte.

TJ: Quais são as perspectivas e preparativos para a pós-pandemia?
FK: Trabalhar na Macabi Rio, cercado de amigos na Diretoria, é um prazer enorme, unindo o esporte e o trabalho voluntário. Educar os jovens através do esporte é a nossa missão.

TJ: Como foi a parceria na gestão Fernando Rosenthal?
FK: A interação e integração da Macabi Rio com a CBM é muito importante para as nossas ações conjuntas. O Presidente da CBM, Fernando Rosenthal, entende que com essa parceria fortalecida seremos mais fortes e sempre trocamos muitas ideias para o desenvolvimento do movimento Macabi no Brasil. Nos conhecemos através do Movimento Macabeu e hoje somos amigos e sempre que estou em São Paulo e ele no Rio procuramos nos encontrar. Fernando consegue liderar trazendo todos para o mesmo ideal. TJ

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